sexta-feira, 28 de junho de 2013

O brasileiro, o futebol e a política

O brasileiro, o futebol e a política
por Wangner Lopes Cuz
Foto
O Brasil é reconhecidamente o país do futebol e óbvio o brasileiro entende e ama muito esse esporte tão popular. Também gosto de futebol, inclusive jogo toda semana com os amigos. Muitos torcedores gastam bastante tempo e dinheiro com sua paixão (camisas do time, ingressos nos estádios, doações aos clubes, assinatura na TV pra acompanhar cada jogo do seu time tanto no campeonato estadual como no nacional, etc). Alguns chegam ao radicalismo de se envolveram em brigas de torcidas, ou seja, tem de tudo. Outros conhecem detalhadamente a história do seu clube e numa conversa de bar possui argumentos e retórica impecável bem como sabe escalar o time. Quando o time não vai bem a torcida pressiona no campo e fora de campo. Como consequência cabeças rolam. O coitado do técnico é o primeiro a ser mandado embora, e jogadores também acabam sendo negociados ou substituídos.
Eu gostaria que nós brasileiros tivéssemos a mesma ENERGIA e DEDICAÇÃO para participar das decisões políticas e cobrar melhorias para toda sociedade. Pressionar nossos técnicos e jogadores (políticos) quando o time (País, estado, município) não estiver jogando bem. E com isso todos saem vitoriosos. Participar dos treinos (reuniões) e das partidas, procurar acompanhar os jogadores e o técnico para cobrar e aplaudir quando necessário. Exigir estádios no padrão FIFA (hospitais, escolas, aeroportos, portos, estradas etc) que nos proporcionem algo mais que a euforia dos jogos. Ia esquecendo de falar da comparação dos salários dos atletas e dos políticos. Já que eles ganham tão bem precisam jogar bem fazer gols, senão, não podem jogar na seleção brasileira, no nosso BRASIL. Torço para que todo brasileiro saia vencedor nesse jogo que até então estamos perdendo de goleada.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Direção Sustentável


26-06-13 | Texto: Cesvi | Foto: DivulgaçãoVoltar

Seu carro é um beberrão de combustível?

Saiba fazer as contas e veja o quanto seu veículo realmente consome

Esta pergunta você provavelmente já ouviu: “O seu carro gasta muito combustível?”
 
Para calcular o consumo, é bem simples!  Basta escolher um posto de confiança e pedir para o frentista completar o tanque. A partir daí, é só zerar o hodômetro parcial e, no próximo abastecimento, verificar quantos litros foram usados para se completar o tanque novamente.
 
Fazendo a divisão de quilômetros rodados pela quantidade de litros, obtemos a média em km/l (quilômetros por litro).
 
Porém, nos dias de hoje, com os veículos bicombustíveis em conjunto com a variação de preço por litro nos postos, fica muito mais coerente sabermos quantos reais estamos gastando em combustível por quilômetro percorrido.
 
Calculadora Mental
O princípio é o mesmo!  Abasteça o veículo e zere o hodômetro. Assim que for abastecer novamente, complete o tanque e anote quantos reais gastou!
 
EXEMPLO: Vamos supor que você gaste R$ 105 no reabastecimento e, no final do tanque, o hodômetro marque 400 quilômetros percorridos.
 
Teremos: R$ 105 ÷ 400 quilômetros = R$ 0,26/km. Ou seja, serão gastos 26 centavos de combustível para cada quilômetro percorrido.
 
Abaixo está um exemplo do comparativo entre gasolina e etanol:
 
  R$/Litro Tanque (litros) Tanque cheio (R$) Consumo médio (km/l) Autonomia média (km) R$/km
Gasolina R$ 2,80 50 R$ 140 10 500 R$ 0,28
Etanol R$ 2,10 50 R$ 105 8 400 R$ 0,26
 
Você viu que a vantagem em reais é do etanol.
 
O grande benefício de se acompanhar o consumo é identificar variações que podem representar problemas de ordem mecânica, elétrica, combustível de má qualidade e até mesmo uma forma de condução não apropriada.
 
Lembre-se que o consumo pode variar se você roda muito na estrada ou só no perímetro urbano, e também de acordo com o modo de condução.
 
Quem tem “pé de chumbo” gasta mais. Quem dirige sobriamente, com segurança, gasta menos. Nada mais justo

O QUE A IMPRENSA BRASILEIRA SE NEGA DIZER PARA O POVO, A CNN FALOU POR ELA

O QUE A IMPRENSA BRASILEIRA SE NEGA DIZER PARA O POVO, A CNN FALOU POR ELA
A CNN, maior rede de jornalismo da TV americana e mundial, fez uma reportagem especial sobre os verdadeiros motivos por trás dos protestos ocorridos em várias cidades do Brasil.
Em tradução, o texto, intitulado "O Que Realmente Está Por Trás dos Protestos Brasileiros?", lê:
"Os protestos que estão acontecendo no Brasil vão muito além do aumento de 20 centavos no transporte público.
O Brasil está vivenciando atualmente um amplo colapso de sua infraestrutura. Há problemas com portos, aeroportos, transporte público, saúde e educação. O Brasil não é um país pobre e os impostos são extremamente altos. Os brasileiros não veem motivo para terem uma infraestrutura tão ruim quando há tanta riqueza e tantos impostos altos. Nas capitais estaduais as pessoas chegam a gastar 4 horas por dia no tráfego, seja em seus carros ou em transportes públicos lotados e de má qualidade.
O governo brasileiro tomou medidas para controlar a inflação cortando taxas e ainda não se deu conta que o paradigma deve mudar para uma abordagem focada na infraestrutura do país. Ao mesmo tempo o governo brasileiro está reproduzindo em menor escala o que a Argentina fez anos atrás: evitando austeridade fiscal e prevenindo o aumento dos juros, o que está levando a uma alta inflação e baixo crescimento.
Além do problema de infraestrutura, há vários escândalos de corrupção que permanecem sem julgamento, e os casos que são julgados tendem a terminar com a absolvição dos réus. O maior escândalo de corrupção na história brasileira finalmente terminou com a condenação dos réus e agora o governo está tentando reverter essa condenação ao usar manobras inacreditavelmente inconstitucionais, como a PEC 37, que vai tirar o poder investigativo dos promotores do ministério público, delegando a responsabilidade da investigação unicamente para a polícia federal. Além disso, outra proposta tenta sujeitar as decisões da Suprema Corte Brasileira ao Congresso – uma completa violação dos três poderes.
Estas são, de fato, as revoltas dos brasileiros.
Os protestos não são meramente isolados, não são movimentos da extrema esquerda, como algumas fontes da mídia brasileira afirmam. Não é uma rebelião adolescente. É o levante da parte mais intelectualizada da sociedade que quer por um fim a essas questões brasileiras. A jovem classe média que sempre esteve insatisfeita com o obscurecimento político agora “desperta”.
TEXTO ORIGINAL: CNN iReport
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quinta-feira, 23 de maio de 2013

Faz mal pra você, faz mal pro planeta




Cigarro não combina com a saúde do planeta. Nem com a sua. (Materiais da Campanha)

Basta manter um cigarro aceso para poluir o ambiente. A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas fumando deixam no nosso Planeta.

Além dos danos à saúde (como diferentes tipos de câncer, doenças cardiovasculares, doenças respiratórias, impotência sexual no homem, infertilidade na mulher, osteoporose e catarata entre mais de 50 doenças diretamente relacionadas ao tabagismo), ao longo da cadeia de produção do tabaco há fatores que afetam o meio ambiente e toda a sociedade: uso de agrotóxicos, adoecimento dos fumicultores, inclusive crianças e adolescentes, desmatamento, incêndios, resíduos urbanos e marinhos.

Os agricultores são vítimas de doenças causadas pelos pesticidas e pelo manuseio da folha de tabaco (doença do tabaco verde, com sintomas que incluem náusea, vômito, fraqueza, dor de cabeça, tonteira, dores abdominais, dificuldade para respirar e alteração na pressão sanguínea). Dentre as crianças e adolescentes de 5 a 15 anos envolvidas em atividades agrícolas na região Sul do Brasil, 14% trabalham no cultivo do tabaco, ficando expostas a grandes quantidades de agrotóxicos.

Nos países em desenvolvimento, o desmatamento devido ao plantio e secagem das folhas do tabaco corresponde a 5% do total. Para cada 300 cigarros produzidos, uma árvore é sacrificada. O fumante de um maço de cigarros por dia consome duas árvores em um mês. Ainda que as zonas desmatadas sejam reflorestadas, não são refeitas as condições naturais quanto à flora e à fauna da mata virgem. O desmatamento está associado ainda a surtos de doenças infecciosas, e à erosão e destruição do solo.

Pelo menos 25% dos incêndios rurais e urbanos são causados por pontas de cigarros. Os filtros, por sua vez, estão carregados de materiais tóxicos que podem demorar mais de cinco anos para se decompor. Há contaminação do solo e bloqueio dos sistemas das águas e esgoto.

As pontas de cigarros são levadas pela chuva para rios, lagos, oceanos, matando peixes, tartarugas e aves marinhas que podem ingeri-las.

Respeite a sua saúde e a saúde do planeta. Ambiente saudável é ambiente livre do cigarro.

Materiais da campanha


Para solicitar mais informações e peças da campanha para eventos, entre em contato pelos emails: prevprim@inca.gov.br ou tratamentofumantes@inca.gov.br.

O Programa Nacional de Controle do Tabagismo não autoriza quaisquer alterações nas peças ou inclusões de logomarcas sem autorização prévia

Meio ambiente e tabaco





Desmatamento 
O tabaco, além de prejudicar a saúde de quem fuma, agride o meio ambiente, pois florestas inteiras são devastadas e utilizadas como combustível para alimentar os fornos à lenha e as estufas, que secam as folhas do fumo antes de serem industrializadas. As ações de desmatamento para a produção do fumo de tabaco contribuem de forma significativa para o desmatamento global, correspondendo a aproximadamente 5% do total desmatado nos países em desenvolvimento. Para cada 300 cigarros produzidos, uma árvore é queimada. Cada 15 maços de cigarro que chegam ao mercado sacrificam uma árvore.

Poluição do ar, das águas e matas
A fumaça do cigarro contém mais de 4.700 substâncias tóxicas, incluindo arsênico, amônia, monóxido de carbono (o mesmo que sai do escapamento dos veículos), substâncias cancerígenas, além de corantes e agrotóxicos em altas concentrações. Imagine a quantidade de toxidade que várias pessoas fumando deixam no nosso planeta.
Filtros de cigarros desprezados no chão e outros locais inadequados e, depois, levados pela chuva para lagos, rios, oceanos, florestas e jardins, demoram cerca de 5 anos para se decompor, podendo matar peixes, animais marinhos e aves que podem ingeri-los. As pontas de cigarro lideram a lista de itens mais coletados nas praias e correspondem de 25 a 50% de todo o lixo coletado em ruas e rodovias. 

Uso de pesticidas e agrotóxicos 
Grande parte da produção do fumo é feita por agricultores familiares. Na lavoura, trabalham cerca de três a quatro integrantes de cada família, incluindo crianças e adolescentes. Levantamento com fumicultores na região Sul do Brasil concluiu que 55% não usam equipamentos de proteção, como máscaras, luvas e botas. 
A pesquisa também concluiu que 48% dos familiares dos agricultores sofrem de problemas de saúde associados ao uso de substâncias químicas, como dores de cabeça persistentes e vômitos. O estudo revelou, ainda, que aproximadamente 80% das famílias se desfazem dos resíduos inadequadamente, jogando os recipientes vazios de agrotóxicos nas florestas ou queimando-os. 
Ainda em relação ao uso de agrotóxicos e seus efeitos, entre os fumicultores observa-se maior risco de desenvolvimento de alterações comportamentais, que podem evoluir para depressão e até suicídio. Estudo de 1996 encontrou fortes indícios da relação entre a utilização de pesticidas na fumicultura e o aumento das taxas de suicídio no município de Venâncio Aires (RS), um dos maiores produtores de fumo em folha da região. 


Entrave ao desenvolvimento
A colheita das folhas de fumo ocorre em dezembro e janeiro, na qual utiliza-se, massivamente, a mão-de-obra infantil. Tanto que o calendário escolar da região do fumo teve que se adequar a esta realidade, antecipando o término do ano letivo ao início da safra.

Incêndios
25% de todos os incêndios são provocados por pontas de cigarros acesas, tanto domésticos quanto em matas e florestas, o que resulta em destruição e mortes. 

Fumo passivo
Estudos revelam que entre pessoas expostas ao fumo passivo há risco 30% maior de desenvolver câncer de pulmão, 30% mais risco de sofrerem doenças cardíacas e 25% a 35% mais riscos de terem doenças coronarianas agudas. Além disso, a propensão à asma e à redução da capacidade respiratória é maior neste grupo. 
Um recente e importante avanço na política nacional de controle do tabagismo foi alcançado com a aprovação, pela presidente Dilma Rousseff, da Lei Federal 12.546/2011, que proibiu o fumo em recintos coletivos fechados em todo País. 
Com a aprovação dessa medida, o Brasil enfatiza o cumprimento do artigo 8º da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT), que determina que os países que assinaram o documento adotem medidas para proteger a população dos riscos do tabagismo passivo em ambientes públicos, locais de trabalho e meios de transporte.
Segundo a OMS, a poluição tabagística ambiental, resultado da fumaça exalada pelo fumante, é a maior causa de poluição de ambientes fechados e a terceira maior causa de morte evitável no mundo.
O ar poluído contém, em média, três vezes mais nicotina e monóxido de carbono, e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça que entra pela boca do fumante depois de passar pelo filtro do cigarro. 
No Brasil, pelo menos, 2.655 não-fumantes morrem a cada ano por doenças atribuíveis ao tabagismo passivo. O que equivale dizer que, a cada dia, sete brasileiros que não fumam morrem por doenças provocadas pela exposição à fumaça do tabaco

31 de Maio

Dia Mundial sem Tabaco

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O Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), em parceria com o Instituto Nacional de Câncer (Inca) vai apoiar ações realizadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde do Rio de Janeiro, Pará, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraíba na semana do Dia Mundial sem Tabaco, comemorado no dia 31 de maio.
Criado em 1987 pelos estados membros da Organização Mundial da Saúde (OMS), o Dia Mundial sem Tabaco tem como objetivo mobilizar e atrair a atenção do mundo sobre a epidemia do tabagismo e sobre as doenças e mortes evitáveis a ele relacionadas.
As ações acontecem de 25 a 31 de maio e visam incentivar o brasileiro a largar o vício do cigarro. A cada ano, a OMS articula em todo o mundo a comemoração da data, definindo um tema correlato ao tabagismo, abordado pelos 192 países membros. Advertências Sanitárias é o tema escolhido para 2009, por fornecer uma das defesas mais fortes contra a epidemia global do tabaco

quarta-feira, 22 de maio de 2013

OUTDOR E PLANTA DA QUADRA DO POLIVALENTE
















FOTOS DA OBRA DA QUADRA EM 21 DE MAIO DE 2013

CAMPANHA PARA CONCLUSÃO DA OBRA DA QUADRA POLIESPORTIVA DA ESCOLA POLIVALENTE DE ALTAMIRA - participe cobrando agilidade e qualidade nessa obra que devia está concluida em 5 meses. Iniciou em dezembro de 2012 e até hoje, 21 de maio de 2013, não chegou nem a 50% de conclusão. Disseram que só fica pronto no FINAL DO ANO. ISSO É UM ABSURDO PASSAMOS DÉCADAS SEM UMA QUADRA E QUANDO VEM RECURSO ACONTECE ISSO.
EMPRESA RESPONSÁVEL: NACIONAL CONSTRUÇÕES
PROPRIETÁRIO: LAÉRCIO SALES
E-MAIL: nacionalengenharia@hotmail.com

VAMOS ENVIAR UM E-MAIL PARA A EMPRESA COBRANDO PROVIDÊNCIAS






quarta-feira, 8 de maio de 2013

Como a energia solar será implantada nos estádios da Copa do Mundo?

Como a energia solar será implantada nos estádios da Copa do Mundo?

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Estádio de Pituaçu, em Salvador, é o primeiro da AL dotado de energia solar/Foto: Manu Dias/Secom-BA
A adoção de práticas consideradas sustentáveis é uma das condições da Fifa (Federação Internacional de Futebol) para que um determinado país venha a sediar uma Copa do Mundo. Como o Mundial de 2014 é no Brasil, as 12 cidades-sede do país precisam entrar nesse jogo, e uma das alternativas nesse sentido é adotar a energia solar nos estádios que abrigarão as partidas.
O projeto que mais se destaca atualmente atende pelo nome de Estádios Solares, iniciativa idealizada pelo Instituto Ideal, sediado em Florianópolis (SC), com apoio da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Cooperação Alemã para o Desenvolvimento (GIZ no Brasil e KfW).
“Neste ano, em que o Brasil sedia a conferência Rio+20 com a grande tônica da sustentabilidade, esta tecnologia limpa e renovável de geração abre novas possibilidades para as edificações, especialmente nos estádios de futebol, a grande paixão dos brasileiros”, comemorou Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal.
Atualmente, dois estádios-sede já confirmaram adesão ao projeto Estádios Solares: Mineirão e Maracanã. Enquanto as obras dessas duas construções seguem em andamento (a arena de Minas deve estar pronta em dezembro e a do Rio até o primeiro semestre de 2013), ele já é realidade no estádio Roberto Santos (Metropolitano de Pituaçu), em Salvador (BA), primeiro da América Latina a aderir à energia solar como fonte energética. O Pituaçu será utilizado para treinos de seleções durante a Copa.
Pituaçu Solar
A inauguração do sistema solar no estádio de Pituaçu foi feita no dia 10 de abril. Com a utilização dessa energia alternativa, o governo do Estado da Bahia estima economizar cerca de R$120 mil/ano. A energia solar gerada e interligada à rede de distribuição será equivalente a 630 MW/h ao ano, capaz de abastecer 525 residências. O projeto custou mais de R$ 5,5 milhões, dos quais R$ 3,8 milhões aplicados pela Coelba (concessionária local), por meio de financiamento da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e R$ 1,75 milhão pelo governo estadual.
“Quando ocorreu a tragédia da Fonte Nova [em 2007, parte da arquibancada desabou e sete pessoas morreram] nós sabíamos que não haveria mais jogos lá por um bom tempo, e que as partidas seriam levadas para o estádio de Pituaçu. Como precisávamos de um projeto modelo para os jogos da Copa, conseguimos, com a ajuda da Coelba e do governo estadual implantá-lo”, explicou Passos.
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Mauro Passos, presidente do Instituto Ideal, destacou a importância da energia solar/Foto: Divulgação
Segundo ele, que é engenheiro especializado em planejamento energético, o projeto Estádios Solares nasceu junto com o próprio Instituto Ideal, em 2007, mas só passou a ganhar forma depois da definição das 12 cidades-sede. “Com todos os estudos já realizados, encaminhamos o projeto para o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o apresentamos na Comissão da Copa no Congresso”, relembrou. Visitas à Alemanha e à Áustria também foram feitas para conhecimento da realidade dos estádios solares europeus.
No caso do estádio de Pituaçu, uma das novidades é que o excedente de energia gerado através da geração solar (270 MW/h) será utilizado no prédio da Secretaria Estadual de Trabalho Emprego e Renda (Setre), situado no Centro Administrativo da Bahia, próximo ao equipamento esportivo - o consumo médio anual do estádio é de 360 MW/h. Isso é possível porque os sistemas fotovoltaicos estarão conectados à rede elétrica de distribuição.
“Além de ser o primeiro estádio da América Latina a usar energia solar, Pituaçu também é a primeira unidade consumidora a participar do sistema de compensação, que inclui disponibilizar na rede de abastecimento toda a eletricidade excedente”, observou Daniel Sarmento, engenheiro eletricista que coordenou o projeto da Coelba, que pertence ao Grupo Neoenergia.
De acordo com ele, a Aneel concedeu uma autorização especial para que a usina fotovoltaica do estádio de Pituaçu fosse inserida no sistema de compensação, pois ela já estava instalada em meados de abril, quando a agência aprovou a resolução que regulamenta o tema para empreendimentos de energia limpa de pequeno porte.
Mineirão Solar
A Cemig (empresa de energia), o Governo de Minas e a concessionária Minas Arena assinaram em março o convênio para instalação do projeto de energia solar no estádio do Mineirão. A usina contará com uma potência instalada de 1,5 MW/h de potência, com produção estimada de 2.200 MW/ano de energia, o que equivale ao consumo médio de 2.000 residências.
“O Mineirão é o primeiro estádio sede da Copa do Mundo 2014 a implementar esse tipo de projeto no país”, destacou Alexandre Heringer Lisboa, gestor de projetos de energias renováveis da Cemig. Ao aproveitar o espaço da cobertura do estádio para instalar os módulos fotovoltaicos de silício, a empresa de energia poderá gerar, entregar e comercializar a energia elétrica pela rede de distribuição da companhia e, parte dessa energia, poderá ser utilizada pelo consumo do estádio.
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Projeto de reforma do Mineirão, em Belo Horizonte - cobertura de concreto terá placas solares feitas de silício/Foto: Divulgação
Serão 7.000 placas de silício ocupando toda a cobertura de concreto: 10 mil metros quadrados. Estima-se que o Mineirão produzirá cerca de 80% de toda a energia elétrica que vai consumir. A expectativa é que entre 300 e 600 toneladas de dióxido de carbono (CO2) sejam reduzidas por ano, segundo estudo de viabilidade técnica e econômica, financiado pelo Banco de Fomento Alemão KfW.
Maracanã Solar
Palco da grande final da Copa do Mundo, o Maracanã “não poderia ficar de fora da utilização da energia solar”, opinou Eduardo Lana, gerente de planejamento da Light. As obras feitas no estádio incluem a instalação de placas fotovoltaicas em toda a superfície que cobre as arquibancadas.
Além da Light, que coordena a produção e distribuição de energia no Rio de Janeiro, o projeto também será financiado pela EDF (Eletricité de France). Juntas, elas instalarão placas sobre uma superfície de 2,5 mil metros quadrados, que serão capazes de gerar 670 mil kW/h por ano.
A produção seria suficiente para abastecer 25% da energia necessária para o funcionamento do Maracanã. No entanto, como o investimento é fruto de uma parceria entre as duas empresas e o governo do Estado, elas terão direito a comercializar a energia produzida nos cinco primeiros anos, a fim de compensar os R$ 6 milhões gastos com a implantação da tecnologia.
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Palco da final da Copa, Maracanã deve ajudar a deixar a energia solar ainda mais em evidência/Foto: Divulgação
Passados os cinco anos, a eletricidade oriunda do Maracanã será propriedade do governo, mas mesmo assim pode não ser usada diretamente no estádio. “Os projetos não acabam no Maracanã. A Light ainda pretende gastar R$ 15 milhões para implantar células fotovoltaicas em outros centros esportivos do Rio de Janeiro, como o Parque Aquático Júlio de Lamare, o Maracanãzinho e o Estádio de Atletismo Célio de Barros”, pontuou Lana.
E os outros estádios?
Mas se a energia solar é renovável, por que os demais estádios da Copa do Mundo ainda não decidiram adotá-la? Segundo Mauro Passos, do Instituto Ideal, todas as cidades-sede do Brasil têm potencial para instalar energia solar nos estádios, mas nem todas o farão, por diversas razões.
“Tem estádio que é público, outro que é do clube ou do município, e necessariamente tem de haver uma relação de proximidade com a empresa de energia do local. Trata-se de uma pequena usina dentro da cidade, o que requer cuidados com a questão elétrica do sistema. Até porque, depois da Copa, haverá uma usina para administrar, distribuir e comercializar aquela energia”, justificou Passos.
A energia solar deverá ter um custo competitivo e passará a integrar a matriz energética brasileira em, no máximo, cinco anos, segundo projeção feita em abril pela secretaria nacional de Planejamento e Desenvolvimento Energético.
De acordo com o engenheiro, tem sido mais fácil implantar o projeto por meio de governos dos Estados, porque muitas vezes eles são donos das empresas de energia ou então a concessão das mesmas é deles. “O caso do Mineirão foi o mais fácil de todos, por exemplo, porque a Cemig é do Estado e o Mineirão também. A Cemig tem o interesse de que o estádio seja ‘solarizado’, inclusive fazendo da usina um laboratório de pesquisa.”
Pernambuco, Brasília e Bahia
Além do estádio de Pituaçu, Mineirão e Maracanã, também já há a informação de que a Arena Pernambuco e o Mané Garrinha (DF) terão usinas solares. No equipamento esportivo pernambucano construído pela Odebrecht e cuja concessionária de energia é o Grupo Neoenergia (que também atua na Bahia), o projeto prevê investimento de R$ 13 milhões e deve entrar em funcionamento até junho de 2013. A capacidade de geração é de 1 MW.
No caso do Mané Garrincha, a cobertura do estádio poderá produzir 2,5 MW com os painéis solares. Segundo o arquiteto Vicente de Castro Mello, coautor do projeto da arena, a energia gerada pelos painéis fotovoltaicos será suficiente para atender a 50% da demanda do estádio durante os jogos e horários de pico. No restante do tempo, vai superar o consumo local e enviar a energia excedente para a rede.
Como funciona o sistema de compensação
Os estádios consomem mais energia solar a noite, quando é realizada boa parte dos jogos. Assim, durante o dia, a eletricidade gerada fica disponível na rede e pode ser utilizada por outros prédios.
 
Previsto para ser concluído em dezembro de 2012, o Mané Garrincha pretende conquistar a certificação Leed Platinum, selo máximo da construção sustentável concedido pelo instituto norte-americano U.S. Green Building Council (GBC). “A energia solar vai contribuir bastante para o processo de certificação”, ressaltou Mello. O estádio de Brasília está previsto para ser concluído em dezembro de 2012.
Ao ser perguntado sobre a possibilidade de a Arena Fonte Nova, em Salvador, também aderir à energia solar, Mauro Passos afirmou que acredita na viabilidade do projeto. “Eu acho que no avançar da obra da Arena Fonte Nova isso vai passar a ser discutido, porque seria esquisito Pituaçu ter e a Fonte Nova não ter”, comparou.
O consórcio da Arena Fonte Nova, formado pelas construtoras Odebrecht e OAS, informou ao EcoD no dia 25 de abril que estuda atualmente a viabilidade de instalação de energia solar no empreendimento, cujo andamento da obra já se aproxima de 60% (deverá estar concluída em dezembro de 2012). O Grupo Neoenergia, já responsável pela usina fotovoltaica do estádio de Pituaçu, também administraria a parte operacional das placas solares da sede de jogos de Salvador, caso haja um acordo nesse sentido